Santa Catarina de Sena: exemplo luminoso de amor a Cristo e à Igreja

Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja festeja nesta terça-feira a memória litúrgica de uma gigante da fé, Santa Catarina de Sena, virgem, doutora da Igreja, padroeira da Itália e co-padroeira da Europa, que vestiu o hábito das Irmãs da Penitência de São Domingos (Ordem Terceira de São Domingos).
Tendo vivido na segunda metade do Séc. XIV, lutou com força em favor da paz e do retorno do Pontífice de Avignon para Roma. Mística corajosa, a figura de Santa Catarina tem ainda uma extraordinária atualidade. Sinal disso é a sua proclamação, em 1999 – pelo Papa São João Paulo II –, como co-padroeira da Europa.
No Séc. XIV, em que a Europa cristã se dividia em lutas fratricidas, esta humilde consagrada – analfabeta até a idade adulta e que depois veio a tornar-se doutora da Igreja – não teve medo de dirigir-se com determinação a papas e reis, a eclesiásticos e homens das armas para indicar “Cristo crucificado e a doce Virgem Maria” aos contendedores.
“Faz certa impressão – escreve São Karol Wojtyla proclamando-a co-padroeira da Europa – o tom livre, vigoroso, agudo com o qual ela adverte sacerdotes, bispos e cardeais.” E também ao Pontífice, a quem define “doce Cristo na terra”, pede que, sem mais tardar e sem hesitações, deixe Avignon e volte para Roma, junto ao túmulo de Pedro.
Ademais, Catarina a mística – desde criança em diálogo com o Senhor na “cela interior” de sua alma – já havia manifestado sua coragem em tenra idade quando desafiando a vontade dos pais renunciou a um matrimônio terreno para unir-se em esponsalício a Cristo. De fato, somente assim sentia fazer a vontade de Deus.
E no final de sua vida, aos 33 anos, disse aos que a assistiam no momento de sua passagem ao Pai: “Tenham por certo, caríssimos, que dei a vida pela Santa Igreja”. Era o ano 1380. Passaram-se 80 anos e Catarina foi canonizada por outro filho da cidade de Sena, o Papa Pio II.
Na iconografia, desde cedo Santa Catarina passou a ser representada com um livro e um lírio branco: símbolos de sabedoria e pureza. Duas virtudes que se fundam naquela realidade especial que é a Santidade.
Seu “Epistolário”, sua coletânea de oração, o “Diálogo sobre a Divina Providência” alcançam ápice extraordinário de riqueza espiritual e são um patrimônio que o tempo não consegue desvanecer.
“Aprendemos de Santa Catarina a ciência mais sublime: conhecer e amar Jesus e sua Igreja”, disse Bento XVI em audiência geral cuja catequese foi a ela dedicada. E dela, disse ainda, aprendamos novamente “a amar com coragem, de modo intenso e sincero, Cristo e a Igreja.” (RL)

 

Fonte: News.va

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