Com o Batismo do Senhor é concluído o tempo do Natal e inicia-se o Tempo Comum. A Igreja nos convida a olhar a humildade de Jesus que se converte em uma epifania (manifestação) da Santíssima Trindade.
“João batiza e Jesus se aproxima; talvez para santificar igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho Adão. Antes de nós, e por nossa causa, ele que é Espírito e carne santificou as águas do Jordão, para assim nos iniciar nos sacramentos mediante o Espírito e a água”, manifestou São Gregório Nazianzeno em um de seus sermões.
“O Espírito, acorrendo àquele que lhe é igual, dá testemunho da sua divindade. Vem do céu uma voz, pois também vinha do céu aquele de quem se dava testemunho”, acrescentou o santo.
Evangelho: Mc 1,7-11
Naquele tempo, João Batista pregava, dizendo: “Depois de mim virá alguém mais forte do que eu. Eu nem sou digno de me abaixar para desamarrar suas sandálias. Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo”. Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão. E logo, ao sair da água, viu o céu se abrindo, e o Espírito, como pomba, descer sobre ele. E do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer”.
Jesus, o vocacionado, o escolhido, “foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder”. Em seguida Lucas nos diz que ele andou por vários lugares “fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo demônio, porque Deus estava com ele”. Sabemos, através dos livros do Novo Testamento, como Jesus viveu e realizou sua vocação, o plano do Pai a seu respeito como Messias, como Redentor da Humanidade. E nós? Feitos filhos de Deus por causa da Redenção do Cristo, como vivemos essa vocação, nossa investidura batismal? Somos luz, somos pastores, temos consciência de nossa responsabilidade? Como está nosso trabalho pela instauração do Reino de Deus, Reino de Amor, Justiça e Paz? Enfrentamos a luta com denodo? Sabemos que Jesus está ao nosso lado e o Espírito Santo nos inspirando? Temos consciência de que o Pai vela por nós e Maria nos acompanha com suas orações e bênçãos maternais? Vivemos nossa vocação? Exercemos o projeto que Deus, com todo carinho, idealizou para nós?