“Os missionários estão lá, ao lado daqueles que sofrem, ainda mais com o impacto da crise global. Este é o momento favorável para a missão: somos chamados hoje a anunciar e dar o amor de Deus, especialmente onde há sofrimento, pobreza, desespero”, afirma o secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, dom Rugambwa, recordando que a pandemia não fez cessar a missão da Igreja nem o caminho para o Dia Mundial das Missões
“O profundo significado do Dia Mundial das Missões é manter vivo o sentido da missão em todos os batizados. Neste momento histórico, o elemento da universalidade da Igreja, que olha para o mundo inteiro, adquire mais força. Enquanto a humanidade vive o tempo da pandemia, compreende-se o quanto estamos profundamente ligados uns aos outros. O Dia Missionário, a nível eclesial, quer contribuir para manter vivo também o elemento da universalidade da fé: ninguém crê sozinho, estamos todos unidos pela fé em Cristo, independentemente de onde vivemos.”
É o que afirma ào secretário adjunto da Congregação para a Evangelização dos Povos e presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), dom Giampietro Dal Toso.
Gratos ao Papa Francisco
O arcebispo observa: “Somos gratos ao Papa porque, em sua Mensagem, intitulada ‘Eis-me aqui, envia-me’, destaca o aspecto da responsabilidade e da resposta de cada batizado e sublinha o aspecto vocacional sempre presente: precisamos de pessoas que dediquem suas vidas ao anúncio do Evangelho, especificamente à missão ad gentes (além-fronteiras)”.
“Esperamos e rezamos para que o Espírito Santo desperte nos jovens a vocação específica a anunciar o Evangelho em terras de missão. O Dia das Missões é também um dia de oração: tenhamos em mente, na oração pelas missões, também o pedido de sempre novos ‘trabalhadores na vinha do Senhor’, prontos a dar suas vidas por Ele”, continua dom Dal Toso
A mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões é marcada pelos desafios causados pela pandemia do Covid-19. Ressalta o papa que estamos no mesmo barco das fragilidades, doenças, medos, isolamentos, desempregos e inseguranças. É neste contexto que ouvimos o apelo missionário de sairmos de nós mesmos, quebrando os espelhos do nosso ego e olhando mais para as janelas que despertam a possibilidade de serviço e proximidade com os mais vulneráveis. A missão é, antes de tudo, movimento permanente do amor de Deus que foi derramado em nossos corações e que fez de nossas vidas uma missão que não se reduz a uma dimensão ou algumas horas do dia. A própria vida é missão, dom que de graça recebemos e colocamos à disposição dos mais necessitados como fez o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me”.
O Dia Missionário é também o momento da coleta global para o Fundo de solidariedade universal com o qual as Pontifícias Obras Missionárias apoiam as jovens Igrejas. “A coleta universal é parte, desde o início, do Dia Missionário: à oração pelas missões se acrescenta o aspecto caritativo. Como toda alma precisa de um corpo, as Igrejas precisam de estruturas e pessoal: isto requer um compromisso financeiro.”