Festa de Cristo Rei – Dia dos cristãos leigos e leigas

Quando nós cristãos confessamos que Cristo é Rei, de que reinado estamos falando? A que Reino estamos nos referindo? Nós realmente acreditamos com todo o coração e confessamos com toda convicção que Jesus Cristo – e só ele! – é Rei: Rei do universo, Rei da história, Rei da humanidade, Rei da vida de cada pessoa humana, cristã ou não-cristã. Ele é Rei porque é Deus feito homem, é, como diz a Escritura, aquele “através de quem e para quem todas as coisas foram criadas, no céu e na terra… Tudo foi criado através dele e para ele… Ele é o Primogênito dentre os mortos” (Cl 1,1518). 

Cristo Rei anuncia a Verdade e essa Verdade é a luz que ilumina o caminho amoroso que Ele traçou com sua Via Sacra, para o Reino de Deus. “Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta minha voz.” (Jo 18, 37). Jesus nos revela sua missão reconciliadora de anunciar a verdade ante o engano do pecado. Assim como o demônio tentou Eva com enganos e mentiras, agora Deus mesmo se faz homem e devolve à humanidade a possibilidade de retornar ao Reino, quando qual Cordeiro se sacrifica amorosamente na cruz. 

No dia 26 de novembro, as comunidades de todo país estão em festa! Ao celebrarmos Cristo, Rei do Universo, agradecemos, louvamos e bendizemos por todas as maravilhas que Ele realiza em nosso servir à Igreja e aos irmãos, nos inspiramos enquanto cristãos leigos e leigas para darmos testemunho da Luz.

Esta festa foi instituída pelo papa Pio XI, com a encíclica Quas prisma de 11 de dezembro de 1925. Na intenção do papa e na mentalidade da época que surgiu, a festa revestia-se de um caráter fundamentalmente social

A reforma litúrgica realizada pelo Concílio Vaticano II mudou a data do último domingo de outubro para o último domingo do Tempo Comum. Desse modo, deu à celebração um significado diferente, sublinhando a dimensão escatológica do reino na sua constituição final. Assim, Cristo aparece como centro e Senhor da história, desde o início até o seu momento final, “ o alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Ap22, 12-13).

Os textos da liturgia da Palavra dessa celebração são essenciais para compreendermos o mistério que celebramos, de onde emerge uma teologia bíblica da realeza de Cristo para um anúncio rico e cheio de esperança para a vida das comunidades cristãs.

Jesus Cristo é um rei que veio para servir. Oferecendo-se na Cruz, vítima pura e pacífica, realizou a redenção dos homens. Isso quer dizer que a conquista do Reino dos Céus passa apelo serviço aos irmãos, pela doação da própria vida, a exemplo de Cristo.

Esse exemplo nos inspira como leigos e leigas, a nos comprometer, cada vez mais com Cristo, celebrar nossa presença e a organização nas comunidades eclesiais, aprofundar nossa identidade, nossa vocação, espiritualidade e missão, sendo testemunhas de Cristo e seu Reino na sociedade, sujeitos na “Igreja em Saída”.

As cristãs leigas e os cristãos leigos, mulheres e homens em todas as fases da vida, constituem uma parte importantíssima da Igreja e possuem rostos próprios: “Como São Paulo, nós também queremos reconhecer os diferentes rostos dos cristãos leigos e leigas, irmãos e corresponsáveis na evangelização” (CNBB, DOC. 105, n.51).

Queremos enquanto Paróquia agradecer a tantos cristãos leigos e leigas que colocam seus dons, seu tempo, seu coração, sua alma a serviço, homens e mulheres que amam a Cristo mais que a si próprio dizendo com firmeza: ‘Estou aqui’.

Que a luz de Cristo possa reluzir em cada um de nós e a partir do nosso servir como leigos e leigas se espalhar por todos os caminhos. Evangelizando, anunciando, denunciando, amando, servindo e testemunhando

“Há homens e mulheres que te amam mais que a si, e dizem com firmeza vê Senhor, estou aqui”.

 

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